Os números são absolutamente ruins. O ensino jurídico no Brasil precisa mudar sob pena de continuar formando pessoas despreparadas para o mercado de trabalho. Em linhas gerais, esta é a avaliação do diretor da Escola Nacional de Advocacia (ENA), Geraldo Escobar de Brito, ao participar nesta quarta-feira da abertura da reunião ordinária do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso. Geraldo esteve em Cuiabá acompanhado do conselheiro federal Francisco Torres Esgaib e aproveitou para conhecer os trabalhos da OAB de Mato Grosso e da Escola Superior de Advocacia.
Acompanhado da conselheira Luciana Serafim, o diretor da ENA conheceu a estrutura que a ESA dispõe no momento e também os inúmeros cursos já proferidos para acadêmicos e também advogados de maneira geral. Luciana ainda explicou ao conselheiro Geraldo Escobar o trabalho de interiorização dos cursos, de forma a permitir atualização das leis e conhecimento maior aos advogados que estão fora da capital. É um desafio muito grande pelas dimensões de Mato Grosso lembrou Luciana.
O diretor da ENA elogiou o trabalho que está sendo realizado pela ESA e o esforço do presidente Francisco Faiad para cumprir com essa que é, certamente, segundo ele, uma das metas administrativas mais difíceis, porém, enriquecedoras para a gestão da Ordem. Dar ao advogado condições para estar permanentemente se reciclando é fundamental. E Mato Grosso vem fazendo esse trabalho com muito esforço de seus dirigentes disse.
Escobar conversou longamente com o presidente da OAB, Francisco Faiad, e os dois trocaram impressões sobre vários temas afetos a advocacia e também ao ensino jurídico do Brasil. Faiad reafirmou seu entendimento de que existe a necessidade de uma ação firme, dura e intransigente por parte da Ordem dos Advogados do Brasil para que seja limitada a questão da abertura de novos cursos. É perfeitamente possível se fazer ensino jurídico com qualidade mesmo nas universidades particulares disse Faiad.