O assassinato da advogada Andréa de Carvalho Furtado Pereira, 30 anos, na cidade de Tabaporã, no Noroeste do Estado, e a conseqüente fuga do criminoso, o policial militar Valtencir Costa, até o momento foragido, foi considerado pelos presidentes de subseções da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso como uma afronta a toda classe. A designação foi proposta pelo presidente da OAB em Juina, José Antônio Pilegi Rodrigues, e aprovada por unanimidade pelos demais participantes do Colégio de Presidentes de Subseções da OAB, realizado em Jaciara, sul de Mato Grosso.
Tememos que esse caso caia no esquecimento disse o dirigente da OAB no município, ao ressaltar que dia-a-dia recebe cobrança por parte de membros da sociedade de Juina e também da cidade de Tabaporã sobre a prisão do criminoso. É um policial militar. É impossível que ninguém saiba onde ele se encontra. É preciso que haja esforço por parte das autoridades para capturá-lo acentuou. A mesma situação ocorre em Juara. O presidente da OAB no município, Élcio Lima do Prado, também se diz cobrado.
Andréa de Carvalho Furtado Pereira foi assassinada no dia 11 de abril passado. O policial militar, que, por determinação judicial, deveria se separar da esposa numa ação movida pela advogada, a pretexto de discutir o assunto, deu três tiros em Andréa, que se encontrava no interior do escritório de advocacia. O crime chocou a cidade e trouxe pânico para a advocacia. Corremos o risco de ver os crimes contra advogados sendo banalizados alertou o conselheiro federal Ussiel Tavares, presidente da Comissão Nacional de Combate ao Crime Organizado da OAB.
O presidente da OAB em Mato Grosso, Francisco Faiad, reportou aos dirigentes que vem cobrando insistentemente da Polícia Militar e também da Secretaria de Justiça e Segurança Pública uma resposta efetiva para o caso. Já se sabe que o crime ocorreu por motivos fúteis e a Justiça já decretou a prisão preventiva do policial. Faiad informou que vai designar advogados para acompanhar a instrução processual administrativa no âmbito da PM contra o policial e também um advogado para acompanhar o caso na área criminal, atuando como assistente de acusação. O advogado João Batista Cavalcante da Silva, presidente da OAB em Poxoréo, se prontificou a ocupar a função.