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ESA abre atividades com proposta de chegar a todos os advogados

26/02/2007 23:40 | Aula inaugural

    As atividades de 2007 da Escola Superior de Advocacia tiveram início nesta segunda-feira à noite com posse da nova Diretoria Executiva e Conselho Curador, seguida da realização de aula inaugural ministrada pelo professor Antônio Carlos Marcato, um dos mais renomados juristas do Brasil. Numa solenidade concorrida, com a participação de 300 pessoas, o professor fez uma análise crítica das últimas reformas da Lei do Processo Civil. Segundo a nova diretora-executiva, Luciana Serafim, o objetivo da escola é a interiorização, levando cursos e palestras para 28 cidades do Estado.

    Sabemos que os desafios são enormes. Especialmente porque estaremos cuidando do aprimoramento e do aperfeiçoamento de uma clientela muito especial, uma clientela crítica, capaz e extremamente responsável. Somos integrantes de uma profissão que mais estuda no mundo. Ser advogado é estar sintonizado com o tempo das leis, que se alteram com o tempo das necessidades humanas disse a advogada, em seu discurso de posse, ao exortar a classe dos advogados à superação para moldar o padrão democrático do Brasil.

    Serafim lembrou dos vários problemas pela qual atravessa a advocacia brasileira. Segundo ela, na defesa dos clientes e atuando nos limites da lei, os advogados são taxados como responsáveis pela lentidão da Justiça e pela morosidade. Contudo, ela disse que a Justiça brasileira é um aparelho cravejado de vícios, citando como exemplo  nepotismo e a jornada reduzida de atendimento do cidadão como é o caso de Mato Grosso. Assim como nunca se preocuparam com a qualidade do ensino, num país em que quase 1 milhão de professores precisam ser qualificados urgentemente, as autoridades de nossa Nação estão tentando compensar esse desaparelhamento do Judiciário brasileiro nas costas de quem procura se defender pelos meios legais - atacou.

    Ela lembrou ainda que atualmente, diante do quadro atual, clientes estão fugindo das mãos dos advogados porque lhes faltam condições financeiras para ingressar com uma ação na Justiça. Ela se referia ao aumento no valor de recolhimento das taxas judiciárias no Estado, motivo de Ação Direta de Inconstitucionalidade. A lei que aumentou as custas, segundo a nova diretora da ESA,  veta o direito do cidadão de acessar a Justiça.

    Crítica acida da proliferação das faculdades de Direito, Luciana Serafim destacou que as autoridades brasileiras não tiveram a honradez necessária para garantir educação pública e gratuita a todos e com qualidade. Para ela, a proliferação das universidades é resultado de um vácuo criado até propositadamente para que os barões do ensino pudessem colocar mão numa clientela que reconhece na educação o caminho mais viável para atingir os objetivos da vida.

    Luciana disse que a ESA vai atuar no aperfeiçoamento sim, com cursos de qualidade, mostrando e indicando aos advogados os avanços e alterações que ocorrem na legislação. O nosso intenso é fazer com que os profissionais da advocacia possam cada vez mais brilhar nas suas lides processuais acentuou. O trabalho que pretendemos implantar aqui, seguindo a orientação do augusto Conselho Seccional, será de fôlego. Certamente vai exigir de nós dirigentes, curadores, professores e funcionários uma dedicação espartana. Se não for assim, não conseguiremos.


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