"Passar a limpo" a segurança pública em Mato Grosso, tratando especificamente das correções necessárias para a política estabelecida para o setor, inclusive quanto ao sistema carcerário, bem como os investimentos governamentais. Essa deverá ser a tônica da audiência pública que a Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso promoverá no próximo dia 20, em Cuiabá. "Estamos enfrentando um quadro de muita preocupação nesse segmento, com o crescimento visível da criminalidade e instabilidade no sistema penal" disse o presidente da OAB, Francisco Faiad.
O debate sobre a situação do setor, segundo Francisco Faiad, deverá resultar no lançamento de um novo manifesto pela paz em Mato Grosso. A campanha havia sido encerrada com o plebiscito do desarmamento. "Queremos manter acesa aquela chama da cultura pela paz" disse. Esse fato consistirá na criação de uma espécie de comitê de fiscalização e estudos para retomar as discussões sobre as mais variadas ações necessária a contribuir para ao menos reduzir os atuais índices de violência.
"Em toda e qualquer pesquisa com a sociedade o item segurança pública estará entre os destaques no tocante as principais prioridades para o cidadão. A OAB, portanto, sintonizada com os anseios sociais, quer reabrir esse debate, de forma representativa e organizada" acentuou Faiad.
Na audiência pública, denominada "Um Convite pela Paz", além da questão da Polícia de Segurança Pública de Mato Grosso, Sistema Carcerário e investimentos governamentais, os participantes pretendem tratar de capacitação, gestão pública, tráfico de armas e situação da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia, bem como a ação do tráfico de drogas. "As deficiências devem ser elencadas de forma a permitir que esse comitê a ser formado cobre e atue com firmeza junto às instituições públicas" explicou Hélio Udson Oliveira Ramos, presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB.
Serão chamados a participarem da audiência representantes da Secretaria de Segurança Pública, Polícia Federal, Polícia Militar, Departamento da Polícia Civil, Assembléia Legislativa, Ministério Público Estadual, Tribunal de Justiça, Associação Mato-grossense dos Municípios, e demais segmentos que atuaram no Comitê do Desarmamento, tais como centro de direitos humanos, igrejas, associação de bairros, entre outras.