A partir de segunda-feira, os advogados públicos e os procuradores federais lotados em Mato Grosso deverão entrar em greve. Nesta quinta-feira, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), eles aderiram à paralisação por tempo indeterminado, decidida no último dia 16, em Brasília, em assembléia-geral conjunta das duas categorias. Três associações lideram o movimento no Estado: a Anajur, com José Freitas de Souza; a Anauni, com Giovani Soares Borges, e a ANPAF, com Francisco Cassiano da Silva.
Além de aderir ao movimento nacional de greve, os advogados públicos da União e os procuradores federais deliberaram que vão manter 30% das atividades de cada órgão ou autarquia para garantir casos considerados relevantes e inadiáveis. Porém, vão devolver às chefias os processos cujos prazos de vencimento para a prática do ato competente ultrapassem a data do dia 22 de maio. Eles informaram que vão comunicar os tribunais e as chefias dos órgãos e autarquias federais acerca do movimento grevista.
O movimento de greve estabeleceu, durante os debates, que não vão fazer qualquer movimento no sentido de que os processos em tramitação na Justiça Federal. Quem deverá pleitear a suspensão dos prazos processuais serão as próprias chefias.
Na reunião, as três associações que congregam o conjunto dos advogados públicos e procuradores federais decidiram constituir comissão para realizar visitas nos órgãos e autarquias federais a fim de convencer a totalidade dos advogados públicos federais e aderirem ao movimento. No dia 23, os grevistas se reúnem novamente com o objetivo de avaliar o movimento e discutir, entre outros assuntos, a formação de um fundo de greve e as medidas judiciais preventivas cabíveis.
