Funcionários do Poder Judiciário em Mato Grosso decretaram greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira. A grande maioria dos fóruns do Estado tiveram funcionamento precário em função da decisão, prejudicando o andamento dos trabalhos. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Francisco Faiad, se reuniu com o desembargador Ernane Vieira de Souza, que está respondendo interinamente pela direção do Tribunal de Justiça, e recebeu a confirmação de que os prazos processuais serão suspensos, através de Portaria, a partir desta quarta-feira, dia 5
Durante a reunião, Faiad manifestou que a posição da Ordem dos Advogados é terminantemente contrária a paralisação dos servidores."Entendemos que seja justa as reivindicações da classe por melhores salários. Porém, discordamos de uma paralisação. Esse tipo de movimento é prejudicial para a sociedade, que já sofre com a demora na prestação jurisdicional. E também para o próprio profissional da advocacia" disse.
Mais uma vez, o presidente da OAB se colocou a disposição da direção do Poder Judiciário e também dos grevistas, através da direção do Sindicato dos servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso, para intermediar as negociações. "Nos comprometemos a lutar pelos salários dos servidores, como sempre o fizemos, mas com a condicionante de que a greve seja suspensa" acentuou Faiad.
Até aqui, os servidores do Judiciário já garantiram, a partir de junho, 6% de recomposição salarial, concedida numa única vez. O projeto de lei deve ser encaminhado à Assembléia Legislativa para que seja apreciado e aprovado, segundo informou o juiz auxiliar da Presidência do TJ, Maauro Bianchini, em reunião com o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário, Rosenwal de Brito. O percentual não agradou os servidores, que decidiram pela paralisação.