O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, encabeçando vinte entidades da sociedade civil brasileira, lançam no próximo dia 3, às 9 horas, a edição deste ano da Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral. Tendo em vista as eleições de outubro e inclusive as regras que permitem a reeleição de presidente da República e governadores, as entidades vão traçar uma estratégia de ação para fiscalizar o rigoroso cumprimento da legislação eleitoral, que prevê punição para o uso da máquina pública na campanha e a cassação de mandato na compra de votos.
O encontro será aberto pelos presidentes da OAB Nacional, Roberto Busato, e da CNBB, dom Geraldo Majella Agnelo, na sede do Coselho Federal da entidade dos advogados.
Para o presidente nacional da OAB, os acontecimentos "lamentáveis" que vieram à tona nos últimos meses com os escândalos de corrupção no governo, culminando com a crise que ficou conhecida como "mensalão", indicam a necessidade de reforço este ano na Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral.
Segundo Busato, a sociedade vai exigir comportamento ético dos homens públicos e candidatos a cargos eletivos. "A corrupção eleitoral não é nenhuma ficção, mas algo palpável na sociedade brasileira, que já está mais que indignada com esse problema e exige, de uma vez por todas, ética na política", observou Busato.
A idéia do movimento é não dar trégua àqueles que usam recursos ou obras públicas para se promoverem eleitoralmente, bem como aos que atropelam o prazo legal para início das campanhas (5 de julho) e aos que promovem a compra de votos.