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Faiad critica discursos políticos pelo fim do Exame de Ordem

25/05/2005 18:03 | Manifestação

    O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, manifestou nesta quarta-feira apoio irrestrito ao artigo assinado pelo presidente da OAB/PR, Manoel Antônio de Oliveira Franco, que repudiou as declarações do secretário de Estado da Justiça e Cidadania daquele Estado, Aldo Parzianello. O funcionário do Governo do Paraná deflagrou uma inesperada campanha pelo fim do Exame de Ordem. "Essas vozes são destoantes do interesse público porque o Exame de Ordem reflete na verdade a busca da OAB pela colocação no mercado de profissionais de real conhecimento e, acima de tudo, éticos e compromissados com a classe" disse.

    O presidente da OAB do Paraná disse que as afirmações do secretário são desprovidas de conhecimento técnico sobre o assunto, desrespeitam a classe dos advogados, à qual o secretário pertence, embora esteja licenciado para ocupar um cargo público. Manoel Franco ressaltou que as portas da OAB/PR sempre estiveram abertas ao secretário, que em nenhum momento apresentou diretamente à instituição as críticas. "Ao que tudo indica, aproveitou-se de um momento festivo para fazer um discurso de cunho político-partidário" comentou.

    O Exame de Ordem tem se notabilizado em todo o Brasil pelos baixos índices de aprovação. Em Mato Grosso, este ano, no primeiro certame realizado, apenas 17,4% dos candidatos inscritos na primeira fase. "Esse baixo índice de aprovação tem feito com que as universidades exijam mais dos seus acadêmicos. E o que queremos, na verdade, é fazer com que o ensino jurídico seja de melhor qualidade cada vez mais" - frisou. "No entanto, os discursos políticos querem exatamente o contrário do disso".

   "As declarações do secretário Aldo Parzianello são inconsequentes, pois demonstram total desconhecimento técnico sobre o Exame de Ordem, instituído pela Lei nº 8.906/1994 e regulamentado pelo provimento 81/96 do Conselho Federal da OAB" disse o presidente da OAB/PR em sua nota. "Ao sugerir o fim da prova, o secretário mostra que ignora a crise pela qual passa a educação no país ? em especial o ensino jurídico. Parece desconhecer que é a decadência do ensino o principal motivo do grande índice de reprovação no concurso da Magistratura e no Exame de Ordem" pontuou.


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