A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Betsey Miranda, seguiu na manhã desta terça-feira para a cidade de Rondonópolis. Sua presença foi solicitada pelos responsáveis pelo Sistema Penitenciário da Secretaria de Justiça e Segurança Pública com a finalidade de ajudar nas negociações com os presos rebelados da Penitenciária da Mata Grande. Os presos mantém como refém o agente prisional Paulo Luciano. A rebelião começou na tarde de domingo.
Os presos querem transferência de 13 colegas, que estariam jurados de morte na penitenciária, para delegacias da região. Até aqui, os responsáveis pela negociação descartaram esta possibilidade. Há três semanas, em uma nova rebelião, vários detentos haviam sido transferidos. "Não enfrentamos problemas para negociar. Esperamos que agora possamos obter o mesmo êxito. Os presos conhecem a seriedade com que a OAB trata dessa questão" disse Betsey.
Durante toda a segunda-feira, os presos mantiveram contatos via telefone celular com emissoras de TV em Rondonópolis. Eles afirmaram que o refém não foi ferido, mas está sem alimentação e água desde o início da rebelião. Os presos também acusaram a Polícia Militar de tentar invadir a ala de triagem, mas a informação foi negada pelos policiais.