As dragas de extração de areia instaladas ao longo do perímetro urbano do Rio Cuiabá estão provocando o aprofundamento demasiado do leito em alguns pontos e, com isso, provocando graves danos ao meio ambiente. A afirmação foi feita pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Leonardo Pio da Silva Campos, ao chamar a atenção para o debate marcado para esta terça-feira, à partir das 8h30, no auditório da OAB para tratar do assunto. "Queremos sair dessa reunião com uma decisão definitiva para proteção do Rio Cuiabá e do meio ambiente" frisou.
A reunião tem como finalidade discutir o sistema de operação das dragas. Ao longo do Rio Cuiabá existem 22 pontos de extração de areia. De acordo com as informações disponíveis sobre a situação, a extração tem provocado fortes impactos no rio, em função do aprofundamento demasiado em alguns pontos. "Estudos indicam que existem riscos do rio sofrer mudança de curso. E isso pode provocar assoreamento e outros danos" explicou. Daí a preocupação da OAB quanto ao assunto.
Na reunião desta terça-feira devem participar representantes da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema), Juizado Volante Ambiental, Delegacia de Proteção da Natureza, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Secretaria de Meio Ambiente de Cuiabá e de Várzea Grande e Cooperativa das Dragas. "Existem outras maneiras de se explorar as potencialidades minerais do Rio Cuiabá, menos degradante. E vamos discutir essas alternativas" disse o presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB, que confirmou também a presença do Ministério Público Estadual.
