Assim como o magistrado precisa ter total isenção para julgar e fazer justiça, o advogado tem que ter completa proteção à sua prerrogativa para bem exercer o direito de defesa do cidadão. A observação é do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, ao condenar hoje duramente as invasões a escritórios de advocacia em diligências policiais. "Num Estado Democrático de Direito, onde se respeita o devido processo legal, é essencial uma advocacia independente e absolutamente tranquila no sentido da preservação do direito de defesa, que implica em inviolabilidade de seu local de trabalho" sustentou Busato, que discutiu o problema das invasões com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
"Tenho certeza de que o ministro Thomaz Bastos, que foi presidente da OAB, com sua serenidade, com sua experiência, seu tirocínio, sua vocação irresistível de advogado, saberá manter essa história criada com muito sacrifício, com muito sofrimento e com muita luta em favor do direito de defesa do cidadão", afirmou Busato. "Acredito que as coisas serão repostas e colocadas nos seus devidos lugares"acrescentou.