O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, afirmou hoje (02) que a advocacia está comemorando a "vitória estrondosa" obtida com a criação dos dois Conselhos encarregados de fazer o controle externo do Judiciário (Conselho Nacional de Justiça) e do Ministério Público (Conselho Nacional do Ministério Público) e com o resultado da eleição de indicados da advocacia para vagas em ambos os Conselhos. Busato disse acreditar que os advogados, ao lado de magistrados e membros do MP, terão muito a contribuir para a eficácia e transparência do Poder Judiciário.
"Isso porque os advogados são a porta do Judiciário. São eles quem têm o contato direto com o povo, quem têm a primeira missão de conduzir o processo dentro do Poder Judiciário", afirmou Roberto Busato. "A advocacia tem a sensibilidade para apontar aquilo que é ou não necessário para a Justiça".
O Conselho Federal da OAB elegeu, neste domingo (02), os indicados para preencher as vagas destinadas a advogados em ambos os Conselhos. Comporão o CNJ os advogados Paulo Luiz Netto Lobo, de Alagoas, e Oscar Otávio Coimbra Argollo, do Rio de Janeiro. Para o CNMP, foram eleitos o cearense Ernando Uchoa Lima (ex-presidente nacional da OAB) e o gaúcho Luiz Carlos Madeira.
Na opinião do presidente da OAB, os dois novos órgãos encarregados do controle externo têm importância relevante, pois auxiliarão a Justiça na busca de uma gestão mais profissional, eficiente e ágil do ponto de vista da administração das Cortes e andamento processual. "Acreditamos que muito ainda vai acontecer de bom após a criação efetiva desses dois Conselhos, para que a máquina judiciária realmente traduza e concretize as expectativas e ansiedades do cidadão brasileiro".
A OAB vinha pregando a necessidade da existência desse tipo de controle externo desde 1986, quando foi realizada a Conferência Nacional dos Advogados, em Belém (PA).