As críticas contundentes ao Poder Judiciário no Brasil feito pela Organização das Nações Unidas (ONU), deve ser encarado como uma ferramenta importante para retomar com mais seriedade o debate sobre o Poder Judiciário ideal?, segundo o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad. Ele ponderou, no entanto, que muitas das recomendações contidas no documento deverão ganhar solução a partir de julho quando será implantado o Conselho Nacional de Justiça, que fará o controle externo do Judiciário.
"Vamos ter, logo, um Judiciário bem mais transparente" frisou o presidente da OAB. Ele disse que em Mato Grosso "os avanços são palpáveis" em que pese manter as críticas especialmente na questão envolvendo ao desrespeito às prerrogativas dos advogados e também ao alto custo para se demandar ações. Como avanço no campo da transparência, Faiad citou o último concurso público, cuja administração ficou a cargo da Universidade de Brasília (UnB).
Faiad lembrou que no passado se registraram graves problemas e muitas denúncias de favorecimento a parentes de magistrados e desembargadores nos concursos públicos organizados pelo próprio Tribunal de Justiça. "Felizmente isso aqui acabou" comemorou. No relatório da ONU, a questão do favorecimento a oitava grande preocupação.
Além desse ponto, o relatório da ONU sugere critérios objetivos para promoções internas na magistratura, controle social da nomeação dos cargos de confiança, medidas para eliminar a discriminação e aproximar juízes da população.