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Faiad critica lentidão das investigações do caso Irene

25/02/2005 15:54 | Alta Floresta

    A lentidão nas investigações sobre a execução da advogada Irene Bricatte Paz, ocorrida em 13 de abril do ano passado, foi criticada pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso. Francisco Anis Faiad esteve essa semana em Alta Floresta, quando foi homenageado com a inauguração de uma sala para a 8ª Subsecção da OAB no Tribunal Regional do Trabalho. 
Conforme o advogado, a instituição vem acompanhando as investigações sobre a morte da advogada, que recebeu oito tiros quando saía do seu escritório para o almoço. Seu marido, o também advogado Suetonio Paz, foi baleado no braço. Depois do especialista Carlos Cunha, que dias antes do assassinato de Irene havia desvendado dois homicídios, outro delegado especializado assumiu o caso. Mas os avanços são poucos. 

    "Está com bastante dificuldade de chegar a uma conclusão em razão de eles terem relacionado um número bastante grande de suspeitos, segundo eles não há apenas um ou dois suspeitos o número é maior", revelou Faiad. Diante disso, as investigações tendem a se tornar mais complicadas e morosas. 

    Um outro fator apontado pelo presidente da OAB/MT que está dificultando as investigações é a chamada lei do silêncio. Muitas pessoas presenciaram o crime, que ocorreu minutos antes do meio dia. Por medo, as pessoas não querem se expor. 

    "Mas eles acreditam que isso terá um final feliz e que nós poderemos chegar, não só aos mandantes, mas também aos executores", declarou. 

    O recente crime ocorrido no Pará, quando uma freira foi morta e o caso solucionado em menos de uma semana, serviu como parâmetro entre os dois assassinatos. Na morte de Dorothy Stang, a Polícia Federal assumiu o caso e essa ação culminou na resolução quase que imediata do assassinato. Quando da morte de Irene Bricatte, a OAB sugeriu que a Polícia Federal também fosse acionada. "Eles (delegados) disseram que não havia competência federal para apurar o crime. Talvez em razão disso, tem feito com que o inquérito tenha essa demora", lamenta. 

    O índice de elucidação de assassinatos em Mato Grosso nos últimos tempos, segundo a OAB, tem sido altíssimo, em torno de 92% dos casos. Faiad espera que o caso Irene não fique entre 8% que ainda não resultaram em respostas à comunidade.


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